segunda-feira, 20 de julho de 2015

Criticas sobre a educação antes da colonização e durante

Introdução
A educação é um processo que engloba os pressupostos de ensinar e aprender. É um fenómeno observado em qualquer sociedade e nos grupos construtivos dessas, responsável pela manutenção e a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.
A educação sempre existiu a tempos remotos, ora ela surge com o Homem e acompanha o seu desenvolvimento, de modo que, efectivamente, se torne um Homem dentro dos moldes recomendáveis dessa sociedade desenvolvendo vários pressupostos: saber, saber fazer e saber ser.
Este processo de ensinar e de aprender é exercido em qualquer espaço, seja na rua, mercado, campo, em casa assim como em escolas. Daí surgem as duas práticas da sua perspectiva na transmissão desta educação: Prática educativa formal – a que ocorre nas escolas que é intencional e com objectivos previamente planificados para o seu alcance e prática educativa informal - aquela que ocorre nos processos quotidianos sociais por exemplo na família, no trabalho, nos círculos sociais e afectivos.
O processo educativo vai evoluindo de acordo com as exigências em que são expostas pelas sociedades, garantindo a inserção deste (Homem). Doravante que, ao logo deste presente trabalho vai espelhar as mudanças que sempre a educação sofreu: antes da colonização e durante a colonização
De referir que cada fase a educação esteve da sua forma diferentemente a outra fase. Pois a natureza temporal condicionava a este processo que fosse desse jeito no que concerne ao desenvolvimento humano, meios de trabalho, e a situação evolutiva do próprio Homem.
Esperamos que de forma consciente e científico tenhamos desenvolvido da melhor forma este trabalho, organizado em temas com vista a facilitar a leitura do leitor e ao docente o nosso maior destino deste nobre trabalho.
Os estudantes









Educação antes da colonização em Moçambique
Antes da chegada dos portugueses, assim, na chamada era primitiva o território actual de Moçambique era habitada pelos Khoisan e posteriormente pelos Bantus. Como se diz que a educação sempre existiu com o aparecimento do Homem e sempre acompanhou este, torna – se óbvio que existiu, ainda, nesta fase.
Porém tinha o seu tratamento, pois, baseava – se muitas das vezes na imitação – os mais novos imitavam os mais velhos no que faziam como: construção de instrumentos de trabalho (arco flecha, azagaia, escudos, paus pontiagudos etc.) e também no fabrico de instrumentos de trabalho como paus aguçados servindo de enxadas. Também os mais novos imitavam os mais velhos as técnicas da caça e de recolecção. Transmitia se também à volta da fogueira os valores morais, socias e de responsabilidade.
Crítica
Esta educação era informal porque não havia base de modelo da educação entre estas sociedades primitivas, cada sociedade podia desenvolver certa educação não desenvolvida pela outra ainda que imediata. Não havia registos na aplicação dessa educação, não tinha instalações próprias e fixas e facilmente o aprendiz podia esquecer se dela pois não era registada. O outro factor de crítica tem a ver com a inclusão, pois que, podia não ser abrangente a todos. Os deficientes visuais e físicos poderiam aprender mas teriam dificuldades em implementar, ora veja – se, podia se ensinar como produzir instrumentos da caça e como se caça, mas que o grupo referenciado (deficientes físicos e visuais) poderia ter dificuldades em implementar, ficando apenas a questão retida dos valores morais, sociais e da responsabilidade.
Educação no período colonia
Em Moçambique no tempo colonial, os portugueses criaram dois tipos de ensino: ensino oficial – este ensino era destinado aos filhos dos colonos e assimilados; ensino rudimentar este ensino era reservado àquilo que chamavam de indígenas – para os naturais, que destinava a civilizar os indígenas da colónia, difundindo entre eles a língua portuguesa e os costumes portugueses, geralmente, ocorria no campo e era controlado pela igreja.
Critica
Neste período os colonos não se preocupavam com a educação dos nativos pois os seus interesses estavam mais virados com a pilhagem dos recursos e não na educação destes – nativos. Assim a educação dos negros, segundo uma figura do governo português, pensava ser absurda não somente histórica mas também perante a capacidade mental dessas raças inferiores.
Mazula na sua compreensão de Belchior, retém certas características principais do ensino, o ensino era uma afeicção nacionalista por que era obrigatório nas escolas o uso e ensino da língua portuguesa, tolerando a língua indígena somente no ensino da religião, essa obrigatoriedade levava a fundamentação da política da assimilação.
Os nativos (os moçambicanos) não podiam estudar com os filhos dos colonos, pois, os objectivos de ensino eram bem diferentes serem favorecestes a filhos dos colonos. Por isso era um ensino racista e eurocentrista. Não era o objectivo deste em a ajudar o Moçambicano a adquirir o conhecimento para o seu bem e o bem do seu pais, não, mais sim para o poder melhor explora-lo como mão-de-obra qualificada para o bem da metrópole, pois os moçambicanos eram considerados estagnados no grau zero da temperatura da história.  Em suma: não havia um ensino profissionalizante para o indígena que contribuísse para o bem dele e do seu país e, de forma péssima em pensamento, pode se dizer que apenas este ensino não favorecia o indígena limitando – se em saber ler e escrever para estar equipado ao serviço do colono.

Conclusão
O trabalho acima apresentado trata das críticas em relação aos períodos da educação (antes da colonização e durante a colonização). O ensino antes da colonização era o mais simples que existiu, e que, ainda é aplicado no nosso dia – a – dia em locais informais: na família, ruas etc. Baseava – se na observação dos mais velhos e posteriormente a sua imitação. Sendo assim informal por não obedecer moldes formais basicamente traçados.
Noutro período apesar da formalização da educação, era péssima dada às críticas lançadas relacionadas com o racismo, divisão do ensino, outros com e outros sem o poder de frequentar, desfavorecendo assim o nativo, estando desprovido duma educação de qualidade, duma educação desenvolvente para ele assim como para o seu território. Foi a fase mais dura que a educação moçambicana conheceu.
O grupo do trabalho espera com alto sentido científico ter conseguido juntar as ideias e as fontes contribuintes de forma inteligente na elaboração deste trabalho, pois tem sido a necessidade de muitos saberem como estava estruturado o ensino em cada fase que se passa desta nossa história humana. O trabalho foi organizado em temas adjacentes de forma a tornar percetível a quem o lê. Importa referir que para a elaboração deste trabalho foi usado a consulta de manuais como atlas de Moçambique e algumas entrevistas a pessoas idosas.





 Por: Orlando Bango

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Educação do Homem

Introdução
Educação é o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma certa comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte. Ela vai ser transmitida a partir de situações presenciadas que serão corrigidas através de experiências vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida. Requer – se (em muitas comunidades) que o individuo desenvolva algum nível de padrão já predefinido pela mesma sociedade: a cortesia, a delicadeza, o amor ao próximo, o respeito, a simplicidade, a amabilidade e a civilidade demonstrada por um individuo e a sua capacidade e necessidade da socialização.
No entanto neste presente trabalho abordará a “Educação do Homem”, onde verá – se que neste processo da educação do Homem encontra – se duas componentes: a Educação – o homem que se educa e educa o outro, e a sociedade – onde o Homem demonstra as habilidades nutridas da educação baseando – se no Homem ser social que fala e se comunica. Também irá se abordar o impacto da educação baseando –se nas diversas na cultura do estudante, pois que cada povo/comunidade tem a sua cultura.
É um trabalho que baseou – se na pesquisa da vivência das comunidades para se apurar como elas lidam com este dado importante – a educação e como o Homem é educado nesta cultura e o impacto da educação nessa sociedade. Mas também baseou – se na pesquisa em alguns instrumentos  como do René Hubert que diz que a educação é um conjunto de acções e influências exercidas voluntariamente por um ser humano ao outro, normalmente de adulto ou idoso ao jovem ou criança. É um trabalho detalhadamente organizado, de modo que facilite a quem o lê e ao docente.
O autor
Orlando António Bango










Visão da educação perante a sociedade
A educação sendo o acto de instruir o Homem de modo a integrar – se na sociedade em que está inserido, tem o dever de garantir que seja desde a nascença ate a morte. Pois o Homem é um Ser destinado para o saber, pois é o único animal que raciocina que está incluído num mundo dos pensantes e racionais. A educação é algo necessária e fundamental para um certo ponto, devendo ela ser dada ou transmitida na base fundamental da cultura desse povo.
Numa certa sociedade apenas o Homem educado é que terá a capacidade de decifrar enigmas, terá a capacidade de pensar e encontrará a resposta de um determinado problema, de maneira que as todas as soluções estão contidas dentro do mesmo sistema.
Sendo a educação no sentido amplo, significar o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a outra geração seguinte. Na minha cultura esta ideia é também válida. Na minha cultura a educação é transmitida de forma voluntária, geralmente dum mais velho para o mais novo na maioria dos casos. Esta educação vai garantir o suporte do indivíduo para a sua melhor integração social na comunidade desenvolvendo vários pressupostos válidos na minha comunidade, como de: entre – ajuda, a amabilidade, a simplicidade e entre vários. Só assim o Homem é integrado perfeitamente na nossa cultura para uma convivência condigna.
Como é transmitida educação na minha cultura
Como sempre se afirma que Educação é um dos processos de formação da pessoa humana.Processos através dos quais as pessoas se inserem na sociedade, transformando-se e transformando a sua realidade. Neste contexto existe várias formas da transmissão dessa educação duma geração para a outra seguinte. Na minha cultura a educação é transmitida de várias formas dentre elas: Karingana wa Karinga*, jogos tradicionais, theka theka**, as dancas tradicionais e mais.
Descrição da maneira como estas formas transmite a educação
Karingana wa Karinga – nesta forma conta – se algumas histórias educativas dentre algumas más e boas dependendo da licçao em que se pretende ensinar. A partir deste contexto o instruendo nutre vários aspectos positivos da sua vida quotidiana e possivelmente futura. Ora vejamos, se pretende transmitir uma licçao de que só com o trabalho é que o Homem vive, o adulto procura, desta forma, arranjar uma história que necessariamente se enquadra. Algumas ainda em memória encontra –se o coelho malandro – uma narração histórica oral em que numa dada reunião geral dos animais sobre o consenso da busca da água o coelho rebela –se dum consenso geral que poderia ajudar a todos. Pois que numa outra altura volta usa e sabota um esforço comum e árduo dos outros animais e é apanhado e castigado sobre algo maligno feito.
Neste contexto o adulto terá transmitido a ideia de que só com o trabalho vive – se; o respeito e o trabalho comunitário colectivo reforçam mais as altas relações. Também dá entender que a rebelde e o recuso na participação de actividades não ajuda em nada e em alguns dos casos merece castigo severo.
Jogos tradicionais – aqui nesta forma o adulto ensina, de facto, a cultura através dos jogos tradicionais desenvolvendo assim ao instruendo as habilidades de comunismo, flexibilidade e acima de tudo ocupação nas crianças em coisas úteis que ajudam o progresso integral da própria criança. Em memória estão os jogos: Txuva*, Mangadhi**, Zotho***, Ntumbeluluane**** etc. São jogos em que transmitem habilidades para uma vida actual e na preparação duma vida adulta.
Theka theka são jogos de adivinha que geralmente desenvolvem a memória duma criança, sendo também jogos da preparação para a vida actual e adulta, que visam também fazer uma previsão dos factos que nos rodeiam em várias perspectivas. Em memória: “Nivona nonga ya ku saseka, kambe a ni na mesa waku tsema hi wona” tradução linguística (vejo uma linda estaca mas não disponho duma catana para cortar) - Significado: diz que vê uma linda moça mais não dispondo do valor para o lobolo – fim, de referir que cá na zona sul o lobolo tem sido uma das práticas recorrentes para integração dum homem ou duma mulher numa sociedade na fase adulta, e assim se foi uma preparação ou ensinamento.
Danças tradicionais – as danças transmitem uma forma da afirmação cultural duma certa sociedade. Desta forma tem se realizado algumas danças típicas duma comunidade e transmitida de geração para a outra seguinte, muitas delas afirmam a moçambicanidade cultural. Em memória: Ngalanga – esta dança é típica machope serve da identificação cultural deste tribo da zona centro da província de Gaza. Acompanhada de batuque e passos folclóricos, é dançada ao redor da fogueira servindo (segundo anciões locais) para afugentar maus espíritos que (citando de novo eles) atrapalham a vida sã duma certa família. Nesta dança (ainda na transmissão dos valores) acontece, geralmente, em cerimónias familiares como forma de louvar os espíritos dos antepassados onde há “kuphalha”*****.
Deste modo crê –se que com estas formas haja a socialização dos indivíduos e esperando – se colher bons resultados na formação do Homem novo, com as capacidades exigidas( o respeito, espírito acolhedor, a simplicidade, a amabilidade….), para pôr avante o processo da transmissão dos conhecimentos duma forma geracional.

Impacto produzido pela educação nas sociedades
O impacto é positivo para as sociedades, visto que o objectivo da educação é de que o Homem defenda o progresso da sociedade em diferentes esferas: económica, vida social saudável e a entre ajuda. A resposta tem sido comovente, porque há um respeito acentuado e também há o cumprimento das normas previamente traçadas pela sociedade em altos padrões de consideração. E é esta educação que tem contribuído para a instalação da harmonia entre os homens da mesma ou de outras nações. Há sinais dum bom impacto da educação nas sociedades: como o lobolo, o casamento, a questão da responsabilidade familiar, social, entre – ajuda, a participação em associações comunitárias são algumas formas do impacto positivo da educação nas sociedades.
De acordo com o relatório da UNESCO – órgão das Nações Unidas para educação, ciência e cultura – a educação ajuda a combater a pobreza e capacita as pessoas com o conhecimento, habilidades e a confiança que precisam para construir um futuro melhor.  Com este subsídio acima logo entende – se que adopta o Homem em estratégicas de como vencer a pobreza e tendo as habilidades para a construção dum futuro melhor - daí a importância da educação.

 Karingana wa Karinga* e theka theka**   - são contos de alta moral contados pelos mais velhos numa noite luar, geralmente, à volta da fogueira.
Txuva, Mangadhi, Zotho, Ntumbeluluane - jogos tradicionais típicos para os chopes, ate que os nomes estão na língua chope.
Kuphalha**** - Acto ritual com o objectivo de invocar os espíritos dos antepassados familiares.
NB: A tradução feita a cima tem uma visão virada para a cultura chope










Conclusão
Uma das críticas na educação do Homem actual tem a ver com o estrangeirismo cultural. E ela (a educação) não está sendo aquela antiga de acordo com as exigências e necessidades da antiguidade. É de que a cultura duma certa sociedade está ser abandonada como: o uso da capulana, lenço, o afecto pelas danças tradicionais, comer a mão entre outros aspectos reclamados.
Naturalmente que, há dados suficientes para comprovar a crítica que é verídica e justa.
Na verdade o que acontece é que, não há duvida que, a educação não responde às necessidades actuais. Exemplo: Nas décadas passadas, no mundo do trabalho imperava – se a produção em grande escala. Neste tempo o Homem devia olhar para a produção, devendo praticar a tempo todo. É evidente que esta educação tinha apenas um carácter informativo e limitado, pois esta educação não necessitava um carácter pensativo crítico e nem capacidade inventiva.
A outra evidência está no aparecimento das novas tecnologias em que a Homem observa pela “caixa mágica” televisão a forma de viver dos outros povos, ignorando assim os hábitos culturais pré – definidos pela sociedade em que esta inserido, entrando deste modo em discrepância.
Com os argumentos aqui apresentados, crê – se ter deixado claro que a influência dos outros povos não deve, de forma alguma, concorrer para o abandono daquilo que são ensinamentos da sociedade em que está inserido. Pelo ao contrário, quem se rebela destes ensinamentos está sujeito a agravar os problemas de relacionamento social, deparando – se com problemas de difícil resolução. Por isso para o ultrapasse deste constrangimento é a socialização num imperativo tanto para a sobrevivência como para um desenvolvimento mais amplo da humanização.
Espero ter deixado claro ao longo do trabalho que, a opção correcta deve ser uma sociedade efectivamente emancipada guiada pelos princípios básicos da formação para o auto – suficiente, capaz de ser educado para educar os outros


sábado, 18 de abril de 2015

RAZÕES DA INTRODUÇÃO DAS DISCIPLINAS EXTRA – CURRICULARES NO ENSINO BÁSICO

As disciplinas extra – curriculares são de extrema importância, porque levam o aluno a estudar a teoria ligando à prática em (muitos casos) de forma simultânea. Também levam o aluno ao contacto com outras actividades, a natureza das próprias disciplinas desenvolvem – se para além do horário curricular, mas também em tempos livres.
O sistema nacional de educação introduziu dentre outras aperfeiçoadas em 2003, disciplinas exta – curriculares, através do seu novo currículo, estas: Educação Visual, Educação Física, Ofícios e Educação Musical. Com este novo currículo, visa – se que as nossas escolas “produzam” o Homem capaz de saber, saber fazer e saber ser.
Estas disciplinas dão alguma preparação ao aluno para a vida, e posteriormente poderem participar na produção social e na tomada de decisões para a escolha duma actividade que – lhe permite responder ao mercado do emprego e uma autonomia na vida produtiva do país.
As escolas do Ensino Básico são estabelecimentos de ensino que visam o desenvolvimento das capacidades do educando, de modo a permitir – lhe viver e trabalhar com dignidade, participando plenamente na melhoria da qualidade de vida e prosseguir com sua aprendizagem ao longo da vida (MINED/2003:8).
Com este subsídio do MINED dá entender que estas disciplinas desenvolvem ao aluno habilidades e capacidades de produzir utilitários, com finalidade de melhorar as suas condições de vida, da sua comunidade e do seu país.

Vejam as fotos que retratam a implementação destas disciplinas na EP1 do 3º Bairro de Chalucuane - Chókwè. E as actividades extra - curriculares não há separação de género, há uma globalização.