Introdução
A educação é um processo que engloba os pressupostos
de ensinar e aprender. É um fenómeno observado em qualquer sociedade e nos
grupos construtivos dessas, responsável pela manutenção e a partir da transposição, às gerações
que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à
convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.
A educação sempre
existiu a tempos remotos, ora ela surge com o Homem e acompanha o seu
desenvolvimento, de modo que, efectivamente, se torne um Homem dentro dos
moldes recomendáveis dessa sociedade desenvolvendo vários pressupostos: saber,
saber fazer e saber ser.
Este processo de
ensinar e de aprender é exercido em qualquer espaço, seja na rua, mercado,
campo, em casa assim como em escolas. Daí surgem as duas práticas da sua
perspectiva na transmissão desta educação: Prática
educativa formal – a que ocorre nas escolas que é intencional e com
objectivos previamente planificados para o seu alcance e prática educativa informal
- aquela que ocorre nos processos quotidianos sociais por exemplo na família,
no trabalho, nos círculos sociais e afectivos.
O processo educativo
vai evoluindo de acordo com as exigências em que são expostas pelas sociedades,
garantindo a inserção deste (Homem). Doravante que, ao logo deste presente
trabalho vai espelhar as mudanças que sempre a educação sofreu: antes da
colonização e durante a colonização
De referir que cada
fase a educação esteve da sua forma diferentemente a outra fase. Pois a
natureza temporal condicionava a este processo que fosse desse jeito no que
concerne ao desenvolvimento humano, meios de trabalho, e a situação evolutiva
do próprio Homem.
Esperamos que de
forma consciente e científico tenhamos desenvolvido da melhor forma este trabalho,
organizado em temas com vista a facilitar a leitura do leitor e ao docente o
nosso maior destino deste nobre trabalho.
Os estudantes
Educação antes da colonização em Moçambique
Antes da chegada dos
portugueses, assim, na chamada era primitiva o território actual de Moçambique
era habitada pelos Khoisan e posteriormente pelos Bantus. Como se diz que a
educação sempre existiu com o aparecimento do Homem e sempre acompanhou este, torna
– se óbvio que existiu, ainda, nesta fase.
Porém tinha o seu
tratamento, pois, baseava – se muitas das vezes na imitação – os mais novos
imitavam os mais velhos no que faziam como: construção de instrumentos de
trabalho (arco flecha, azagaia, escudos, paus pontiagudos etc.) e também no
fabrico de instrumentos de trabalho como paus aguçados servindo de enxadas.
Também os mais novos imitavam os mais velhos as técnicas da caça e de
recolecção. Transmitia se também à volta da fogueira os valores morais, socias
e de responsabilidade.
Crítica
Esta educação era
informal porque não havia base de modelo da educação entre estas sociedades
primitivas, cada sociedade podia desenvolver certa educação não desenvolvida
pela outra ainda que imediata. Não havia registos na aplicação dessa educação,
não tinha instalações próprias e fixas e facilmente o aprendiz podia esquecer
se dela pois não era registada. O outro factor de crítica tem a ver com a
inclusão, pois que, podia não ser abrangente a todos. Os deficientes visuais e
físicos poderiam aprender mas teriam dificuldades em implementar, ora veja –
se, podia se ensinar como produzir instrumentos da caça e como se caça, mas que
o grupo referenciado (deficientes físicos e visuais) poderia ter dificuldades
em implementar, ficando apenas a questão retida dos valores morais, sociais e
da responsabilidade.
Educação no período colonia
Em Moçambique no
tempo colonial, os portugueses criaram dois tipos de ensino: ensino oficial –
este ensino era destinado aos filhos dos colonos e assimilados; ensino
rudimentar este ensino era reservado àquilo que chamavam de indígenas – para os
naturais, que destinava a civilizar os indígenas da colónia, difundindo entre
eles a língua portuguesa e os costumes portugueses, geralmente, ocorria no campo
e era controlado pela igreja.
Critica
Neste período os
colonos não se preocupavam com a educação dos nativos pois os seus interesses
estavam mais virados com a pilhagem dos recursos e não na educação destes –
nativos. Assim a educação dos negros, segundo uma figura do governo português, pensava ser
absurda não somente histórica mas também perante a capacidade mental dessas
raças inferiores.
Mazula na sua
compreensão de Belchior, retém certas características principais do ensino, o
ensino era uma afeicção nacionalista por que era obrigatório nas escolas o uso
e ensino da língua portuguesa, tolerando a língua indígena somente no ensino da
religião, essa obrigatoriedade levava a fundamentação da política da
assimilação.
Os nativos (os
moçambicanos) não podiam estudar com os filhos dos colonos, pois, os objectivos
de ensino eram bem diferentes serem favorecestes a filhos dos colonos. Por isso
era um ensino racista e eurocentrista. Não era o objectivo deste em a ajudar o Moçambicano a adquirir o
conhecimento para o seu bem e o bem do seu pais, não, mais sim para o poder
melhor explora-lo como mão-de-obra qualificada para o bem da metrópole, pois os
moçambicanos eram considerados estagnados no grau zero da temperatura da história. Em suma: não havia um ensino
profissionalizante para o indígena que contribuísse para o bem dele e do seu país
e, de forma péssima em pensamento, pode se dizer que apenas este ensino não
favorecia o indígena limitando – se em saber ler e escrever para estar equipado
ao serviço do colono.
Conclusão
O trabalho acima
apresentado trata das críticas em relação aos períodos da educação (antes da
colonização e durante a colonização). O ensino antes da colonização era o mais
simples que existiu, e que, ainda é aplicado no nosso dia – a – dia em locais
informais: na família, ruas etc. Baseava – se na observação dos mais velhos e
posteriormente a sua imitação. Sendo assim informal por não obedecer moldes
formais basicamente traçados.
Noutro período apesar
da formalização da educação, era péssima dada às críticas lançadas relacionadas
com o racismo, divisão do ensino, outros com e outros sem o poder de
frequentar, desfavorecendo assim o nativo, estando desprovido duma educação de
qualidade, duma educação desenvolvente para ele assim como para o seu
território. Foi a fase mais dura que a educação moçambicana conheceu.
O grupo do trabalho
espera com alto sentido científico ter conseguido juntar as ideias e as fontes
contribuintes de forma inteligente na elaboração deste trabalho, pois tem sido
a necessidade de muitos saberem como estava estruturado o ensino em cada fase
que se passa desta nossa história humana. O trabalho foi organizado em temas
adjacentes de forma a tornar percetível a quem o lê. Importa referir que para a
elaboração deste trabalho foi usado a consulta de manuais como atlas de
Moçambique e algumas entrevistas a pessoas idosas.
Por: Orlando Bango